Minha jornada com a Infertilidade e a Perda

Eu me casei em 2015. E meu maior sonho assim que casasse era parar de tomar anticoncepcional. Eu fui diagnosticada com ovários policísticos no inicio da vida adulta, e desde então eu tomava anticoncepcional. Todos os que eu tomei me fizeram muito mal e meu sonho era parar, mas o medo de engravidar "adolescente" era maior. Então assim que casei, eu parei de tomar e meus únicos métodos contraceptivos eram o coito interrompido e a camisinha. E a verdade é que com a vida de casado a camisinha também foi deixada de lado, então eu já esperava que, em algum momento, eu ia acabar engravidando. Porém isso nunca aconteceu. 

Em 2017, com uns 2 anos de casados, começamos a nos questionar se não tínhamos algum problema de fertilidade. Vários pessoas, conhecidos e amigos engravidaram por acidente e parecia surreal que só a gente não engravidasse. Mas naquele momento não estavámos "tentando" oficialmente, então decidimos parar de nos previnir, e deixamos a natureza seguir seu curso. Mesmo assim, mais de 1 ano depois, o positivo não veio. 

Conversei com a minha ginecologista sobre essa situação. E de acordo com ela, Eu teria que estar tentando há pelo menos 2 anos (namorando ao menos 1 vez a cada 3 dias) e aí sim seria válido investigar. Então passamos a comprar testes de ovulação. Eu fazia os testes e sempre que vinha o positivo, a gente tentava por 3 a 4 dias, mas a menstruação sempre vinha em seguida. Até que em 2021 ela me passou um exame chamado histerossalpingografia. Pra quem não conhece, é um Raio-X do útero, em que ele é enchido com um líquido, e é avaliado se há algum problema na formação do útero ou obstrução de alguma trompa, além de outras possíveis enfermidades. Além disso, ele pode aumentar a taxa de fetilidade em até 30% nos 3 meses seguintes. Neste exame, descobrimos que eu tenho uma obstrução na trompa direita e só poderia engravidar pelo lado esquerdo. Mas mesmo assim, isso não deveria ser um impedimento para a concepção. Então, considerando que não havia nenhum outro problema nos meus exames, ela decidiu tentar o uso de um medicamento chamado Clomid (citrato de clomifeno). 

Eu dei uma pesquisada no google e descobri que o remédio tem inúmeros efeitos colaterais, inclusive uma chance aumentada de uma gravidez ectópica. Logo eu que só tinha uma trompa viável. A médica disse que eu deveria tentar por 3 meses e se não engravidasse, tentar por mais 3 meses com a dose dobrada. Fiquei com muito medo e optei por uma consulta com um especialista em fertilidade primeiro. Depois de vários exames que voltaram normais e um bom dinheiro gasto, em julho de 2022 eu decidi iniciar o tratamento com clomid mesmo. 

Sabe os efeitos que eu sentia do anticoncepcional? Eu sentia umas 5 vezes pior com esse remédio. Passei mal num nível inexplicável! A recomendação era tomar 1 comprimido por dia, durante 5 dias, a partir do terceiro dia do cliclo menstrual. Depois eu tomava outro medicamento (duphaston) por 10 dias a partir do 16o dia do ciclo. Também pesquisei e descobri que o Duphaston ajuda a segurar a gestação, caso haja. Depois era só aguardar a menstruação. Caso não engravidasse, tentava um novo ciclo. Eu tentei por 3 meses, porém eu passei tão mal que não quis tentar um novo ciclo com a dose dobrada.

Finalmente aceitei que não ia engravidar, que teria que fazer exames mais específicos e, honestamente, eu já estava cansada. Logo depois que iniciamos o tratamento eu perdi meu pai para o câncer. E já foi difícil seguir em frente com a medicação. Eu só queria esquecer que tinha problemas e respirar. Decidimos que só tentaríamos novamente no ano seguinte. Porém o impensável aconteceu. Minha menstruação atrasou. Fui escondida fazer um teste e pra minha surpresa o positivo estava ali, bem na minha frente. Eu fiquei tão em choque que não consegui fazer nenhuma surpresa. Só queria contar pra ele que conseguimos, era verdade: Estávamos grávidos!


Na semana seguinte fomos fazer uma ultrassonografia. Esperávamos ao menos ver o saco gestacional e a vesícula vitelina, porem só o saco gestacional era visível e nenhuma vesícula ou embrião. Seguimos fazendo ultrassons toda semana, e mesmo depois de 1 mês, só o saco gestacional aparecia. Não havia embrião. Tivemos uma gestação anembrionada, que é quando o embrião simplesmente não se desenvolve. Ali eu tive duas opções. Fazer uma curetagem ou aguardar meu corpo expelir naturalmente. Optei por aguardar. Faltavam 4 dias para o meu aniversário. Tudo que eu não queria era fazer uma cirurgia. A vida, porém, não tem pena de ninguém. 

Uma semana depois do veredicto de que a gestação não iria pra frente, eu finalmente abortei naturalmente. No mesmo dia meu marido perdeu a avó paterna. Uns quatro dias depois eu também perdi a minha avó paterna. Foi uma semana cercada de dor. Mas veio uma dor ainda maior que pouco se fala sobre. O puerpério. Apesar da gestação não ir pra frente, no início, seu corpo não entende e continua te mandando hormônios, seu Beta HCG sobe, e você tem todas as sensações e sintomas de uma grávida. Pois você está grávida. E quando se perde o bebê, tudo isso despenca. Eu já estava triste, foram 3 perdas em uma única semana. Meu saco gestacional caiu na minha mão. Eu pode vê-lo ali, mesmo que não houvesse nada dentro. A perda foi dolorosa e visível. Mas depois do aborto, a dor foi infinitamente maior e foi extremamente difícil seguir em frente. Eu sei que não é igual ao puerpério de quem teve um bebê, mas é bem semelhante e dolorido.

E a verdade é que o plano de tentar novamente no ano seguinte quase desandou. Quem consegue pensar em sexo depois de tanta dor? Foi ainda mais difícil vendo tanta gente engravidando sem querer, enquanto eu, que tanto queria, simplesmente não conseguia. Eu não queria nem pensar nisso. Não fiz mais meus testes de ovulação, e simplesmente parei de tentar. Mas decidi voltar a cuidar de mim. E não parei de tomar minhas vitaminas pré natais (o famoso "vai que..."). Fui na endócrino, iniciei tratamento com uma nutricionista e voltei a me exercitar.  

O mês de janeiro de 2023 teve poucos momentos felizes e namoramos muito pouco. Porém nada é impossível. No meio de fevereiro, numa reunião de família, eu passei muito mal. Parecia ser uma virose ou infecção alimentar. Acabei indo ao médico no dia seguinte e na hora de passar a medicação veio a pergunta clássica: "A senhora pode estar gestante?" e acompanhada de "Qual a data da última menstruação?". E eis que abro o aplicativo e me aparece a frase "sua menstruação está atrasada 3 dias" Eu voltei pra casa matutando como era possível! Porque não era! Os poucos dias que namoramos foram completamente fora da minha possível ovulação. E a parte mais difícil foi ficar feliz. Depois de tanta dificuldade e tanta perda, eu não estava acreditando que era possível dar certo. Já estava esperando alguma notícia ruim. 

Iniciei o Ultrogestan (assim como o duphaston, ajuda a engrossar o endométrio e segurar a gestação) e uma semana após a descoberta, fiz uma ultra de emergência. E pra minha surpresa estava lá. Saco gestacional, vesícula vitelina e um embrião com seus incríveis 1mm. Eu só tinha 5 semanas e não dava para ouvir o coração. Porém com 7 semanas escutamos o coração do nosso baby. Desde então temos vivido várias emoções. Demoramos um tempo até entender que essa gestação era diferente da outra, que estava tudo bem. Vimos o nosso bebê crescer e a nossa gestação evoluir. Hoje ele já é um feto. E apesar de ainda estar com 18 semanas estamos muito mais positivos. 


Tenho ainda muita coisa pra contar, como a gravidez evoluiu, os altos e baixos que passamos (pois houve muitos!) e como estão as coisas. Mas acho que isso fica para o próximo post. 


O que eu quero deixar aqui de importante é:

Aquilo que dizem que você precisa desapegar e não ficar só pensando nisso É VERDADE. Das duas vezes que eu engravidei foi quando eu desisti de tentar. E não é fácil! Mas mude o foco, cuide da sua saúde e continue indo ao médico que as coisas podem acontecer.

Não deixe de acreditar. Independente do que você acredite, de Deus à ciência, não desista e creia que é possível. A Claudia Raia está aí pra mostrar que dá sim! Investigue, invista na sua saúde e não desista.

A perda não é o fim. Cuide principalmente da sua saúde física e mental. Se cerque de pessoas boas e que querem o seu bem. 


Obrigada por acompanhar até aqui. Em breve um pouco mais de como tem sido essa gestação. 

Fique com Deus





Um novo ciclo



Desde de 2016, apesar dos esforços de me manter ativa nas minhas redes sociais, especialmente no blog e no youtube (que foram aonde eu comecei essa jornada de blogueira), eu já sabia que estava sendo negligente. A verdade é que a própria blogosfera não era inclusiva com pessoas como eu, e já era muito difícil me manter firme. A desvalorização por parte das empresas, as mentiras e roubos das networks, as falsas amizades, a busca incessante pelo sucesso e até a falta de monetização do conteúdo me impulsionavam pra fora do mundo virtual. Por fim, eu me vi cada vez mais afastada daqui. 

Mas para ser honesta, eu acredito que a principal razão de eu ter me afastado completamente foi que o mundo mudou. A forma que as pessoas enxergam as redes sociais mudou. Quando eu cheguei aqui, eu queria dividir experiências, conhecer pessoas que gostavam de maquiagem e do universo da beleza. Logo eu que vivo mais em companhia de homens. Eu queria me encaixar, me encontrar. E me encontrei! Conheci pessoas incríveis, amigas que estão comigo até hoje. Mas a maioria das pessoas já não enxerga as redes sociais assim. E honestamente, nem é mais possível. O olhar das pessoas que te acompanham mudou. A exposição se tornou um problema. É tanta busca por defeitos e motivos pra julgar que o ambiente que antes era de diversão e troca se tornou um local hostil. A velocidade com que a informação é divulgada aumentou drasticamente. Os tipos de conteúdo também. As pessoas hoje não querem ler. Querem um vídeo curto, com um conteúdo pouco informativo e muita graça. Os conteúdos de qualidade hoje são bem poucos e ainda assim não são tão valorizados. 

Mas a verdade é que eu nunca deixei de influenciar pessoas. Aqueles que me conheciam e tinham contato próximo ainda me procuravam e me perguntavam sobre produtos e dicas de beleza. E isso sempre me motivou a voltar. Mas eu também não queria voltar pra ser mais uma produzindo um conteúdo apressado, curto e vago. Queria ser aquela pessoa motivada de 2010 que escrevia no blogspot, estudava antes de escrever um post, marcava encontro com as amigas blogueiras pra discutir os lançamentos das marcas. Eu sinto tanta falta dessa leveza. Mas sei que hoje não é mais possível ser essa pessoa. Até porque eu mudei. 

Mais de 10 anos se passaram. E a verdade é que hoje eu já não sou tão fissurada em maquiagem como fui um dia. Já não cuido tanto de mim como cuidava antes, e fico insegura em escrever e falar sobre um conteúdo. Será que escrevo sobre maquiagem? Sobre cuidados com os cabelos? Skincare? A verdade é que tudo está muito incerto, exceto o fato que eu quero voltar pra essa plataforma. Quero voltar a fazer o que sempre gostei: conversar, conhecer gente nova, dividir informações e desabafar, talvez. A Patrícia de 32 anos da foto lá em cima já não existe mais. Hoje a Patrícia tem 37 anos, tem novas prioridades, mas muita vontade de recomeçar e se reconhecer. 

Hoje um novo ciclo se inicia. Espero que muitos conteúdos surjam. Não mais conteúdos tradicionais, mas espero que gostem dessa nova fase, dessa nova versão de mim, que até eu estou descobrindo. Espero que seja também um lugar leve para quem chega e que possam dividir seus pensamentos e opiniões. 

Sejam bem vindos a essa nova fase.





Swatches em pele negra | paleta Sunflower bruna Tavares

 A BRUNA TAVARES arrasa em tudo que ela produz. Não é à toa que hoje ela tem sua própria marca com coleções de maquiagem cada vez mais lindas. Apesar de um pouco atrasadinho, gostaria de mostrar para vocês como ficam as cores da paleta sunflower em pele negra e as minhas considerações sobre essa paleta que é meu xodozinho.

A Paleta Sunflower é feita em papelão, é bem resistente e bonita. A paleta foi toda trabalhada, desde a embalagem externa. Ela teve todo o cuidado de deixar a o miolo do girassol como sendo a sombra mais escura e bem centralizado com a posição da mesma. No total, a paleta conta com 9 cores bem neutras em tons de bege, dourado, amarelo e marrom, sendo três delas cintilantes e as outras 6, matte. 

Todas as sombras, mesmo as mattes, são super pigmentadas e muito macias. Não são o tipo de sombra que somem quando são esfumadas. São super fáceis de trabalhar, fáceis de esfumar e deixam um acabamento lindo na pele. Acho que a única coisa que pode atrapalhar um pouco é que algumas sombras matte esfarelam mais um pouquinho, então tem que trabalhar bastante o pó na região dos olhos, ou deixar a pele pra depois. 

Sabe aquela paleta que não tem erro? Ela é simplesmente perfeita. Seja para os dias que você quer só um brilhinho, ou quando quer fazer um esfumadão de respeito. É perfeita pra levar em viagens pois não é grande demais e tem cores básicas e necessárias. Mesmo em mim, que tenho pele negra, ela fica ótima, inclusive as cores mais claras. Confesso que uso pouco a primeira fileira, mas as outras uso demais e amo muito.

Ela não está mais disponível no site da marca, mas ainda é possível encontrar em algumas lojas de maquiagem. No meu bairro ainda tem pra comprar. A minha é meu super xodó, pois foi autografada pela própria Bruna em um evento que fui na Sephora. 

E vocês, o que acharam da paleta Sunflower?





Dicas para Escolha de Alianças de Noivado e Casamento| Lojas Rubi

Quando eu e meu marido escolhemos nossas alianças de noivado, a única coisa que tínhamos certeza é que queríamos era uma aliança grande e chamativa. Não tínhamos noção de como seria o modelo, se haveriam desenhos, se teria nome gravado, mas queríamos algo único e bem grande. Hoje, após três anos de casada, venho contar minha experiência com a aliança e o que eu mudaria e dou também dicas pra você que vai escolher a sua.

A gente tem que lembrar que aliança é algo que fica conosco o tempo todo. Eu não tiro a minha para nada, nem pra lavar louça. Tem gente que tem vários outros cuidados, mas eu prefiro nem tirar por medo de perder. Porém o modelo enorme da minha aliança me trouxe alguns problemas, como alergias, por exemplo. Sim, eu sei! Alianças costumam ser de Ouro. Será que eu fui enganada e a minha aliança me deu alergia? Não! No meu caso, por conta do tamanho da aliança, entrava muito detergente, sabão, produtos de limpeza em geral. Com isso eu acabei desenvolvendo alergia de contato a esses produtos. Eu sabia que tenho tendencia a desenvolver alergias de contato, então foi uma péssima ideia uma aliança tão grossa.


Outra coisa que a aliança acaba atrapalhando um pouco são nos meus looks. Por conta da alergia à bijuterias, eu só uso prata e ouro. Raramente aço inox. Com isso, o dourado da aliança acaba destoando demais das minhas composições quando uso prata. Além disso, ela não combina nada com mix de anéis, pois geralmente são anéis fininhos e a aliança tira toda a atenção. 

Minha sugestão é: procure algo bonito, que tenha a sua cara, mas uma aliança discreta, além de não pesar no look, pode não trazer outros malefícios no futuro. Seja dificuldade de montar um look, ou até chamar atenções indevidas na rua.

Se eu fosse escolher uma aliança hoje, escolheria um dos modelos abaixo. O modelo com detalhes é lindo e fininho, como eu provavelmente escolheria hoje. O modelo liso é mais sóbrio, mas é um pouco mais grossinha. Ambas tem o detalhe em brilhante, que eu acho um charme, e é algo que eu não mudaria.


Uma outra dica que eu dou, caso a grana esteja curta, invista em um modelo que já tenha um brilhante. Assim você pode usar a mesma aliança de noivado no casamento. Foi o que eu fiz. Apenas levei no Ourives para polir na semana da cerimônia religiosa. 

Os dois modelos que escolhi pra mostrar pra vocês são das Lojas Rubi. Além dos modelos lindos os preços são bem variáveis. Vocês conseguem encontrar peças lindas e bem baratinhas. Para conhecer mais modelos vocês podem visitar a o Site Rubi ou seguí-los nas redes sociais para mais novidades:



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